quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

História de Ilhéus


A história de Ilhéus remonta a época das capitanias hereditárias, quando D. João III doou vasta
extensão de terra, 50 léguas de largura, ao donatário Jorge de Figueiredo Correia, escrivão da
corte real. Instalada em 1535 na Ilha de Tinharé, antigo domínio da Capitania de Ilhéus, a sede
administrativa logo se mudou para a região da Foz do Rio Cachoeira, a chamada Baía de Ilhéus.
Ainda que se falasse da terra as maiores maravilhas, o donatário da Capitania preferiu o luxo e
o fausto da corte, enviando o déspota espanhol Francisco Romero para representá-lo na admini-
stração da capitania, ademais, enfrentar e depois pacificar a bravura dos índios tupinambás.

Vila de São Jorge dos Ilhéus
Logo, a amizade dos colonizadores com os nativos tornou possível a fundação cultural da Vila
de São Jorge dos Ilhéus, que se transformou em freguesia em 1556 por ordem de D. Pero
Fernandes Sardinha. Considerada por Tomé de Sousa como "a melhor coisa desta costa, para
fazenda" a região se tornou produtora de cana-de-açúcar e ganhou muitas construções. Mas,
com a chegada dos ferozes índios Aimorés, que passaram a atacar as plantações, Ilhéus sofreu
o declínio econômico que resultou em decadência. No século XVIII com a importação de mudas
de cacaueiros da Amazônia e sua notável adaptação à condições climáticas da região, Ilhéus viu
brilhar diante de si um novo eldorado. O cultivo do cacau passou a gerar um número sem fim de
histórias, receadas de cobiça, amores e lutas pelo poder, formando um terreno fértil para os
romances de Adonias Filho e Jorge Amado, onde narram as paixões desenfreadas dos coronéis
por dinheiro, mulheres e terras.