domingo, 1 de fevereiro de 2015

Vila do Ventura - Morro do Chapéu-BA

Apesar da descoberta do diamante ter ocorrido originalmente em Morro do Chapéu, em 1841, a vila do Ventura, onde a descoberta ocorreu entre 1850 e 1855, se tornou o principal centro produtor desse bem mineral no município.
Segundo relato de Carlos Navarro Sampaio, as descobertas na região dessa vila ocorreram quando três garimpeiros, vindos de Lençóis, pediram a proteção do coronel Porfírio Pereira, na sua fazenda Vargem da Cobra.
Todos eram garimpeiros muito experientes, que logo constataram uma semelhança geológica dessa área com a região de Lençóis, tendo em vista que em ambas ocorre a rocha sedimentar denominada conglomerado, que é a hospedeira do diamante na Chapada Diamantina. O intemperismo, ou seja a desagregação dessa rocha, libera os diamantes e carbonados, que se acumulam nos níveis de cascalhos que ocorrem nas drenagens, onde são objetos de garimpagem. Esses garimpeiros descobriram os diamantes em uma gruna, provavelmente na serra do Criminoso, próximo ao Ferro Doido, em local que ainda permanece desconhecido.
No auge do garimpo, o Ventura chegou a possuir uma escola estadual, delegacia de polícia, teatro, biblioteca, agência dos correios, juiz de paz e uma filarmônica, bem como três farmácias, doze lojas comerciais e uma fábrica de sabão. O teatro recebia artistas de fora, até mesmo da capital, além dos artistas amadores locais.
Dentre os moradores ilustres merecem ser citados Floro Bartolomeu, Afonso Costa, Tiburcio Mendes, Minervino Porto, Elisio Sá, Raul Vitoria, Prisco Viana, Francisco Dias Coelho, Deoclesiano Barreto, Francisco Matos, João Caetano, Horacio de Matos, Antônio Martins Leal, Antônio de Souza Benta, João Navarro Sampaio, João Belitardo e Gabriel Ribeiro dos Santos Bieca
Dentre os principais logradouros do Ventura podem ser citados: as praças Dias Coelho (ainda existente), dos Sampaio e da Vitória; as ruas da Chapada (onde se concentravam as pessoas vindas de Chapada Velha), da Estrela, das Pedras, Elísio Sá, Ferreira de Araújo e do Rebaixo (área de antigo garimpo atribuído a Gabriel Soares).
A edição de 03.07.1921 do Correio do Sertão, apresenta a seguinte descrição do Ventura, elaborada por Cícero Lemos:
     A edificação compõem-se de umas 500 e tantas casas, em sua maioria de ordinária construção, existindo porem alguns prédios de estilo moderno, formando 6 ruas e 2 praças. O comércio é ativo e as feiras se realizam aos sábados, na praça Dias Coelho.
Possui agência dos correios, 2 escolas, estadual e municipal, Associação dos Empregados no Comércio, com uma boa biblioteca, clube de futebol, teatro e capela com invocação de N. S. da Conceição. Em tempos também já teve uma sociedade philarmonica.
O distrito já chegou a dar 10 contos de renda municipal, sendo que hoje está reduzido à metade, assim como está o seu desenvolvimento. Tem uma população de 5.600 habitantes, dos quais 1.600 na sede do distrito.

Aos fatos políticos que abortaram em 1914 a possibilidade da emancipação do Ventura, se somaram, em 1932, dois acontecimentos trágicos: a queda do preço do carbonado no mercado internacional, deixando centenas de homens sem trabalho, e uma terrível seca, o que provoca um grande êxodo habitacional, contribuindo para a decadência do local.
Em abril de 1952 foi fechada a agência dos correios, por falta de funcionários, enquanto 1963 foi o último ano de funcionamento do colégio estadual.
No período de 1930-1960, ainda moravam no Ventura cerca de 300 pessoas. Entretanto, com a construção da BA-052, conhecida como Estrada do Feijão, inaugurada em 1974, cujo traçado fica a cerca de 8km do povoado, o mesmo praticamente se transforma em um local deserto. Alem de deserto, esquecido e sem o reconhecimento da importância do seu papel histórico no decorrer do ciclo do diamante no estado da Bahia  

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Arena Fonte Nova

Com caráter multiuso, 10 níveis e três anéis de arquibancadas com 50 mil assentos e capacidade para 66 mil espectadores em eventos de entretenimento, como shows internacionais, o estádio é o principal legado físico conquistado pelos baianos na área esportiva e substituiu o antigo estádio, que foi demolido e implodido, mas cujo projeto arquitetônico foi mantido na nova construção.

Durante o período FIFA, 5mil assentos temporários são adicionados ao equipamento, demanda necessária em virtude da possibilidade da Bahia receber um jogo da seleção brasileira nas quartas-de-finais, a depender dos resultados das fases anteriores.
O estádio já possui em seu currículo jogos importantes, em especial, o confronto entre o Brasil e Itália, no qual a torcida baiana empurrou a seleção brasileira na conquista do título de Campeão da Copa das Confederações de 2013. Milhares de torcedores já vibraram com os lances dos craques de futebol nas arquibancadas da Arena, número que fica ainda maior quando são considerados todos os eventos já promovidos no local.